VIVÊNCIAS SEM FIM...

Filho, como você cresceu!!!

Olho suas mãos grandes

Seus pés de passos largos

Seu corpo adulto e desajeitado

E os olhos de criança...

Uma criança que espera uterinamente

Que a vida passe e dance com humor e poesia

Com todos os direitos outorgados a todas suas vontades,

Autísticas ou não, autênticas e fidedignas, mas inocentes,

sem qualquer exceção, distinção ou discriminação

por motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião...

Filho, darei um pandeiro nas suas mãos

Apresentarei a você palhaços e brincantes

folhetos rústicos de outra realidade

que breve vislumbrará numa nova existência de amor

Pois você é lindo nesta declaração de louvor...

Às vezes esperamos demonstrações conhecidas,

mas a individualidade de cada um

e o convívio diário servirão como indicadores

de todas as expressões dos seus sentimentos,

que podem ser: de amor, carinho, raiva, revolta.

Por que não?

É a mesma relação com qualquer pessoa,

visto que corremos os riscos “sentimentais e afetivos”,

sem garantias de sermos gratificados, frustrados,

desapontados ou sumariamente reconhecidos...

Hoje, sabemos que o autismo

É aquele olhar de criança

é uma pequena fábula musical que brinca,

com humor e inspiração,

com as dimensões do tempo

– ontem, hoje, amanhã –

numa vida para outra vida...

E somente você sabe onde ele irá levar

suas vivências sem fim...

Silvania Mendonça
Enviado por Silvania Mendonça em 08/10/2010
Código do texto: T2545955
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