O Peso da Vida

Em posse de um inferno risonho

Ensangüentada ira a abluir o nó

O astro rege à mensura do dia

O leito coberto com serragem e ruga.

Ocorre que os dentes estão suturados

A boca detentora das pilhas às vaidades

Seca por inteiro, onde cochila a nau

Rumores ladram bobagens no cais.

Se se tem espelho a lapidar

Armemos nosso campo de batalha

Untemos com navalha a insossa carne,

E o repique da vida prosseguirá inconstante.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 02/10/2006
Reeditado em 02/10/2006
Código do texto: T254526
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