E AGORA MEU IRMÃO?

E agora meu irmão?

O que será dos nossos sonhos

Serão eles abandonados e nunca relembrados?

Não, meu irmão

Não podemos esquecer as lutas

Não devemos cruzar os braços

Não devemos crer em promessas vãs.

E agora meu irmão

Lancemos ao chão nossas bandeiras

Larguemos aos que virão nossas dúvidas?

Nunca meu irmão!

Não fomos derrotados

Nem tão pouco nos entregamos

Porque sabemos que lutamos

E lutamos na certeza que não era em vão.

E agora meu irmão

Hasteamos nossa bandeira

E com nossos irmãos avançamos

E a cada passo dado outros mais daremos

Mas nós não recuaremos.

É isso meu irmão

Nossa sina e obrigação

Lutar, lutar e lutar

Somos feito ferro fundido

Resistentes e rijos na hora da luta

E transparentes como o cristal na fraternidade.

Nossa voz, meu irmão

Faz tremer o tirânico e seu exército

É nossa obrigação

Nossa voz, meu irmão

Soa doce e acalanta outro irmão.

E agora meu irmão

Somos do mesmo chão

Somos da fábrica, do mercado e da feira

Somos o operário e seu parafuso na esteira

E agora, meu irmão?

É meu irmão

Eles não vencerão

Outros tantos depois de nós surgirão

Dos que nos sucederam e os que seguirão

Nossas lutas não foram em vão

Lutar, sempre foi e será nossa obrigação.

E agora meu irmão?