VIDA DE MATUTO
 
 
Nas terra dessse Brasil
Na hora que o galo canta
O matuto se alevanta
Pra mode podê trabaiá
 
Leva o embornal de comida
Pois vai de sol a sol
Arano essse chão
Pra não lhe fartá o pão!
 
Traz os calo na mão
De tanto trabaiá
No cabo da enxada
Pros fio podê estudá!
 
Pede pra Nosso Senhô
Proteção pra aquele dia
Pra dar conta do trabaio
E sustentá a famia!
 
 
Anda muitas légua
Até a bera do rio
Pra mode podê pegá
Uns pexe para o jantá!
 
Debaixo do sol quente
Trabaia como ninguém
Plantano pra essa gente
Pudê comê também!
 
Planta o mio sagrado
Pra podê fazê o pão
Pra alimentá seus rebento
Que vivi de pé no chão!
 
Em sua boca desdentada
Num farta nunca o sorriso
Daquele que é agradecido
A Jesus Nosso Senhô!
 
Sua casa é o abrigo
Onde deita pra descansá
Juntinho de sua amada
Que o ficou a esperá!
 
Domingo ele vai na missa
Pra mode agradecê
As bença que recebeu
Do Pai que ta lá no céu!
 
Aí reza o rusário
Rusário de Nossa Senhora
Com lágrima nos óio
E com os juelho no chão!
 
Pde prá abençoá
A terra em que pisa
Pois sabe que a terra é santa
E nada vai lhe fartá!
 
Olha então pro céu
Aí tira o chapéu
E com as mão no peito
Agradece a Nosso Senhô!
Que fez tudo bonito
Pra alegrá a vida
Deste home trabaiadô!
ROSA SERENA
Enviado por ROSA SERENA em 06/10/2010
Código do texto: T2540497
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.