Entrelaces

Vulcões invisíveis regurgitam suas lavas...

Da pele queimada,

se descola a carne do dia

que geme noite adentro...

quando, surpreendentemente

é balsamizada, pelo beijo

revelado,

na arte em segredo!

Cinzas voam ao vento

e recompõe-se

deitadas no riso do passado...

Nesse intercurso

os mitos, em desatino,

pedem perdão!

E a Medusa delira ao se ver bela

diante das pedras refletidas

no espelho... que espera!

Seilla Carvalho
Enviado por Seilla Carvalho em 06/10/2010
Reeditado em 01/09/2023
Código do texto: T2540132
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