Horizonte...

Algo seleto é o olhar para a frente... Levando-se em conta que multidilacerados são os espaços que nos compõem... Tudo é muito relativo... Enfático.
Vertigens e planos... Náufragos e sem tempo... Vento.
As dores são incapazes, diz a canção... Então, esquecê-las deve ser fácil.
Moradoras de mim são as voltas que dei... Mergulhos até o fim do poço de tijolos... Abarcar a mina d'água com as mãos... Não ter dúvida alguma... Decidir saltos.
Pálpebras em risos... Rir com o fígado... Ser feliz.
Se o horizonte é infinito, por que semeamos migalhas em vasos decorados? Existem tantos outros lados.
Ampliar-se... Ir e voltar, sem tantas pedras no chão... Tranquilidade.
O homem passa muito tempo colhendo glórias... Solidão.
Atitudes são arcos... Marcos... Mechas... Tatuagens diretas no coração... Essas que ficam, mexem, movem os moinhos de vento. Há horizontes de ilusão, mas nunca desilusão.
Movo-me por entre as ondas... Molhadas curvas... Passos um diante do outro...
Serva das minhas próprias regras: O ser total... Ou não.
Prefiro escadas a horizontes... Mas, eles têm o seu charme em paralelas.


15:32