Transa das primaveras
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Me tocas. Desabrocho as suaves pétalas da volúpia.
Me cheiras, expiras -no meu colo-, paixão. Coro.
Me beijas e misturas tua alma, na minha. Suspiro.
Me adentras e me exilhas -nos teus olhos-, pálida. Delato.
Me jorras, o néc-tar-de-Afrodite. Desfaleço.
Versejas: eu te amo muito, enfim, e eu te beijo.
Foi ápice -doce e ébrido-, tesão de te gozar.
E eu, amor, mais uma vez, me guardo em ti, botão de flor, a esperar, a primavera nossa de cada dia.
Vem...
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