Algo/dure

Talvez o algo que ela me desse, somasse algo ao que eu já tinha. E algo maior me detivesse, fazendo conta, na entre-linha. Mas quem, do maior, já calcula o resultado, num caso como esse, já não faz cálculo errado? Não toma do algo que dela viesse, justamente o algo que nela eu tinha? Só pra depois se perder no calculado, sem vê-la ali, tal e qual, como vinha? Não, chega disso. Cálculo? Não, nenhum. Deixarei que esse algo venha, mesmo que seja apenas algo, assim, mais algum. De alguns algos eu já estou cheio, mas um algo novo, assim, de permeio, merece espaço, uma chance ao que veio. Pois não na soma da minha cabeça, mas a do meu coração, demente, algo novo sempre convida, um crer de novo de quem nasceu crente. Que seja, então, assim, algo bom, um algo/sim, no lugar de algo/não, pois de algos/não, eu, já repleto, procuro sempre, desse modo inquieto, algo que me arrebate, depure, que não se perca nas curvas e, direto, ao invés de algo/vai, algo/dure.

Dassault Breguet
Enviado por Dassault Breguet em 03/10/2010
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