FICOU POR ISSO...
Mandaram me prender.
Surraram minhas costas,
Quebraram meus dentes,
Levaram minhas botas.
Cataram meus pertences:
Celular, relógio e até meu didim!
E disseram que eu não tava ‘com nada’,
Quando me prenderam...
Esquisito isso, não?
Levei nome de tudo.
Só não me chamaram de bonito.
Até minha santa mãe recebeu apelido.
Coitada! Ela nem está aqui pra se defender...
E se tivesse o que poderia fazer?
Calado estava, guardei meu grito.
Meus machucados? Ficou por não visto.
Depois de dias naquele cubículo,
Fui solto... Eu era inocente.