O POETA

Acordou e olhou para o teto e avistou um pouco de sol que entrara pela janela...

Um suspiro melancólico, uma palavra seguida do nome da amada... Fora seu pedido de perdão como a oração de principiar o dia...

Era preciso antes de pôs os pés no calçado, antes de lavar o rosto e tomar o café solitário...

À caminho contemplou paisagens sem sentido, rostos sem feições...

Seus olhos estavam vazios, seguia mais cabisbaixo que o olhar a frente...

Na lida diária, esqueceu de quem era, camuflou-se de matuto, de Clarice, de Shakespeare... – ganhou risos e aplausos...

O dia se foi..., e o sol apanhou sua luz e partiu...

Assuntou-se no espelho, aparou com as mãos algumas lágrimas... Motivou-se a se mesmo.

Seus lábios se envergaram, seu olhar se perdeu no silêncio e na lembrança...

Uma oração

Um nome

Uma esperança.

Agnaldo Tavares o Poeta
Enviado por Agnaldo Tavares o Poeta em 27/09/2010
Reeditado em 28/09/2010
Código do texto: T2524486
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