O POETA
Acordou e olhou para o teto e avistou um pouco de sol que entrara pela janela...
Um suspiro melancólico, uma palavra seguida do nome da amada... Fora seu pedido de perdão como a oração de principiar o dia...
Era preciso antes de pôs os pés no calçado, antes de lavar o rosto e tomar o café solitário...
À caminho contemplou paisagens sem sentido, rostos sem feições...
Seus olhos estavam vazios, seguia mais cabisbaixo que o olhar a frente...
Na lida diária, esqueceu de quem era, camuflou-se de matuto, de Clarice, de Shakespeare... – ganhou risos e aplausos...
O dia se foi..., e o sol apanhou sua luz e partiu...
Assuntou-se no espelho, aparou com as mãos algumas lágrimas... Motivou-se a se mesmo.
Seus lábios se envergaram, seu olhar se perdeu no silêncio e na lembrança...
Uma oração
Um nome
Uma esperança.