Entre o Tudo e o Nada... a Dança!
Na íntima esquina dos elos
Os elementos se confundem
Emoções nuas, se vestem...
Na luz refratária dos cantos
No escuro beco que emudece
Nos nascedouros das composições
Nas paralelas ocas do abismo.
Ecos são povoados!
Emoções são sintomatizadas
Pelo retumbar penetrante
Que devora a pele fina dos ouvidos
E ao longe, ensurdece de tanto acordar...
No estribo de loucos agudos.
Rumina a dor... nos acordes!
Na boca que outrora salivava
com a alegria dos seres sem memória
Mas, hoje... lembranças movem as alturas
No olhar, salta a marca dos elos rompidos.
Desembestados, os vínculos, se soltam
E no tempo paradoxal...
Perpetuam-se, em eterna sintonia
Anelados!
Os passos dos desejos vibram silenciosos
Nos espaços entre tudo o que existe.
E assim, é entabulada uma dança ritual
Que envolve a beleza e a fealdade
Num halo de digna conjunção...
Na sincrônica coreografia dos pés vermelhos
A dita a firmeza morna
Do chão que também chora!