Momento de silêncio

Há momentos em que os poetas são tomados pelo silêncio.

E isto não tem uma razão óbvia. Apenas são envoltos numa névoa silenciosa e fria como uma brisa, é estranho o sentir deste frio que nos absorve e consome...

Ficamos a mercê do nosso próprio sol que não raia, fica embutido numa nuvem de idéias só a nos observar em agonia.

Um poeta calado é como uma fabrica abandonada, se olharmos de perto, bem perto mesmo...

Podemos escutar umas vozes antigas...

Umas linhas caídas pelo chão...

E quando o vento sopra novamente,

Algumas letras revoam como filme antigo

Voam em preto e branco e é mudo.

Completamente mudo, como um som ao fim do grito...

Como a morte após a vida

Ou como uma lágrima nascida da emoção

Que vem logo após um ponto final.

Márcia Poesia de Sá

Márcia Poesia de Sá
Enviado por Márcia Poesia de Sá em 26/09/2010
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