PROSA POÉTICA – Amanhecer

PROSA POÉTICA – AMANHECER – ESCRITA EM 26.09.2010

 

Hoje acordei triste

Dia chuvoso...

Os bem-te-vis não vieram me acordar

Como de costume

Não sabia que a chuva os afastaria

Ou talvez fosse por algum queixume

Mas será que entre eles isso existe

Penso que não, isso é coisa de humanos... Com eles, jamais!

Ou quem sabe, vieram e eu dormi demais!

Ah! Desconfio que aí exista ciúme

Mas de quem... Do Malhado e do Russo

Meus vira-latas queridos, minha segurança!

Da minha janela fiquei a imaginar:

Será que não estaria sendo ingrato com eles?

Ora, se me consideram tanto

Não seriam credores de retribuição?!

Por mínima que fosse... Não quero perder seu encanto

Quem sabe, amanhã, talvez... Volte a ouvir aquela canção...

...

Ao fundo, o horizonte,

O mar bravio, céu, ao redor, tudo cinzento

Como meu pensamento, confuso

Que por enquanto é só lamento

Verdadeiramente obtuso

Mais uma vez dormi sozinho

Ninguém a me esquentar no meu ninho

De repente a chuva quase cessa

A ameaça do sol é patente

Chuva com sol, antigamente

Era o casamento da raposa com o rouxinol

Pequenos chuviscos... Lá adiante a claridade do sol

A revoada chega com muita pressa

Começa a estridular

Em conjunto, ou um aqui outro acolá,

Cada um entrava no momento certo

Como uma orquestra bem regida

Comecei a assobiar, respondiam na mesma hora

Eles, de coração aberto

Parece me pediam desculpas pela demora

E que eu era o maestro sempre e agora

Mas quem sou eu decerto

Pra conduzir um grupo de inocentes, fiel

Isso é obra de Deus, o rei do universo

Aquele que comanda qualquer concerto

Tanto na terra como no céu...


Domínio Público.

 

 

Em revisão/construção.

Fonte da foto: INTERNET - GOOGLE.

ansilgus
Enviado por ansilgus em 26/09/2010
Reeditado em 26/09/2010
Código do texto: T2521044
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