MARINA

MARINA - mar de vida que viceja e se esvoeja na fantasia e no afã de cada manhã...

MARINA - perene poesia no encanto de cada canto, cada dia...

MARINA - fofura de estrepolia e belezura de balofo, fofo, travesso e avesso capucho de lã;

MARINA - motivo maior de momentos de alegria sã!

MARINA - formosa flor de lã, malandra, travessa, tantã; malandragens que são só suas...

MARINA - motivo de deslizes, no sem juízo de furtivas, inventivas fugas para o mundo hostil das ruas;

MARINA - motivo de minhas manhãs mais felizes nos deslizes de traquinagens, travessuras mil...

MARINA - encanto de cada cômodo, cada canto debaixo de um céu só de anil...

MARINA - momentos mágicos, mementos de ternura e calma;

MARINA - beleza de bondade, felicidade e lealdade que inspira minha alma;

MARINA - motor de minha lira na singela simplicidade, tão caipira!

MARINA - que é só recordação ao abir-se o portão na chegada e na saída de cada dia...

MARINA - menina marota, tonta, travessa, pronta de tanta traquinagem, na doidice de driblar a minha guarda e ir-se para a rua...

MARINA - mimo de amor, saudade que dói, presença que continua no coração;

MARINA - motivo de saudade que arde no peito no sem-jeito da separação...

MARINA - novelo de lã, vela vila que vela a manhã de meu viver sem vida, depois do instante cruciante da partida...

MARINA - mar de amores, encanto que encanta a amplidão de um céu canino e de criança, repleto de alegria, poesia, paz e esperança.

MARINA - como é bom recordar e guardar pra eternidade, no baú da saudade, um céu feito de osso e simpatia que foi só nosso um dia!...

Lazaro Faleiro
Enviado por Lazaro Faleiro em 22/09/2010
Código do texto: T2514583