[O Sono do Aborrecimento]

A vida não tem marcha à ré,

tem buracos, tem ladeiras...

Encruei de vez,

vou dormir.

[Se não me ama,

não me aborreça.]

Outro dia, disseram,

choveu merda numa cidade francesa;

Uau! Que vida, hein?

Cantando e dançando

sob uma chuva de merda -,

quanta felicidade há nesta vida!

Aborrecimento me dá sono,

preciso sentir grandes perdas

para conseguir dormir bem...

e hoje, vou dormir profundamente,

[será o sono do aborrecimento].

[Penas do Desterro, 22 de setembro de 2010]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 22/09/2010
Reeditado em 28/12/2010
Código do texto: T2512750
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