Diante do NADA...
A tarde fria, o vento cortante
Em cortina nebulosa o Cristo se esconde...
Impressionante!
Olho o abismo que cerca o Corcovado
Densa névoa, diáfana e branca a me invadir
Não há cores no espaço camuflado...
Só a neblina etérea, ilusória e vazia, a fluir...
Eis a exata sensação do NADA!
Irresistível resistir...
Minhas mãos se crispam na amurada
Rendo-me, prendo-me
Pra segurar os pés nessa hora desvairada
O NADA é amplo, vago, triste, sem fim
O NADA atrai, fascina, me chama...
Cristo Redentor, tende piedade de mim!
(28/08/10, Cristo Redentor, Rio de Janeiro)