Pintando o sete

Hoje virei criança e pintei o sete,
Colhi água da chuva,
Roubei as cores do arco-íris,
Peguei tufos de nuvens brancas
E colori de novo o mundo.
Tingi de violeta, cor das primaveras,
As estradas negras que serpenteiam pela terra.
Borrifei anil nos rios asfixiados pelo marrom,
Eles estavam deprimidos e infelizes.
Tingi de azul os campos verdes,
Descansam os olhos na imensidão.
Matizei de verde as flores
Do mais claro ao mais escuro,
Quebrei a monotonia.
Pincelei o céu de amarelo brilhante,
E tudo ficou como um imenso sol.
Escolhi o laranja para o mar,
Que já me segredara
Estar cansado de ser ora azul, ora verde.
Assim deixaria de ser salgado.
Preferi o vermelho para as árvores,
Em contraste com o céu amarelo.
Terminada a tarefa, voei para o infinito
E olhei o mundo recolorido por mim...
Pensei... considerei... reconsiderei...
Concluí... Deus é sábio.
 

                        


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