Poeta bobo
Despedi-me daquelas putas palavras.
Pobres versos sem vergonhas,
que gozam nas bocas
e que posam de loucas.
Loucura é a minha, achar
poemas naquelas letras,
que balançam em nossos rostos,
parecendo pengas tetas.
Prefiro agora, navegar
nos mansos mares iguais
aos azuis dos olhos teus.
Colher flores e perfumes
na rima que se escreveu.
Quero doces, claros
e simples verbos.
E nem me incomodo,
se me chamarem de bobo;
fiquei bobo, de um bobo poema.