Alegria

Foi muito aos poucos.

Primeiro foi uma mecha de cabelo e loira, que se desprendia e vazava e descia pelo rosto.

Depois, algumas notas em canção. Uma escrita livre, jogada, escabelada e mantida. Reafirmada.

Um pensamento. A “cara” incógnita e escandalosamente linda.

Quando vi já estava. A alegria. O sol invadido de sol. Toda paisagem, tão de verdade.

Tinha um olhar, e se deslocava do centro para a esquerda, trazia documentos, opiniões. Fazia febre, a mesma que matava a doença, dissecava e benzia.

Aqui, agora, a chuva fina, quase transparente. E a graça que ela tem.

Foi muito aos poucos. Gritei e acho que pensei ter escutado um pedaço da passagem da voz no grito.

Eu vi a lente sem tradução; E sorri o sorriso de quem sabe que é para sempre.

Foi muito aos poucos, no entanto, se formou por inteiro. Tão concreta. E sana.

Em: 12/09/2010

Tânia Fonini
Enviado por Tânia Fonini em 12/09/2010
Reeditado em 13/09/2010
Código do texto: T2493897
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