E chega

O que sei é o agora. Já não mais desfavoreço a espera, eu a aguardo, assim como quem aguarda e espera um medo com endereço e CEP.

Já não coloco em local tão proibido, as omissões que fiz e faço, os abismos invadidos em pleno altar.

Preciso, com uma forma nem tão vital, quanto urgente, saber teu nome e teu corpo inteiros, porque não sustento as verdades se me faltarem pedaços.

Estou norteada da cabeça aos pés e mais identificada com a delícia de se saber imperfeita e irremediável.

Porque eu alcanço e toco o estreito reconhecimento do sentimento que me condena. E chega. Eu estou indo ao teu encontro.

Em: 11/09/2010

Tânia Fonini
Enviado por Tânia Fonini em 11/09/2010
Código do texto: T2492090
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