E chega
O que sei é o agora. Já não mais desfavoreço a espera, eu a aguardo, assim como quem aguarda e espera um medo com endereço e CEP.
Já não coloco em local tão proibido, as omissões que fiz e faço, os abismos invadidos em pleno altar.
Preciso, com uma forma nem tão vital, quanto urgente, saber teu nome e teu corpo inteiros, porque não sustento as verdades se me faltarem pedaços.
Estou norteada da cabeça aos pés e mais identificada com a delícia de se saber imperfeita e irremediável.
Porque eu alcanço e toco o estreito reconhecimento do sentimento que me condena. E chega. Eu estou indo ao teu encontro.
Em: 11/09/2010