A Morte do Esquipático

Não se vê pureza em instante algum

Bate a aldrava no rotundo portal;

De cuca fresca transitam bobagens

Papéis ao lago, arremessados ao frio

Periféricos e indissolúveis, na relva se vão

Contam fábulas e palram marchinhas.

Resfria o lago a cuca com mácula vazia

Quer o tempo subir no muro e dormir

Tal insatisfação que lhe toma por agora

E só na hora da morte trará o sorrisonho véu;

A coberta esvanece a (frívola) estampa

Contudo não embai os que ao seu final assistem.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 25/09/2006
Código do texto: T249108
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