Sexta-feira é o grande dia de beber
E beber sozinho é muito ridículo
Em todas as mesas ao redor
Todos te olham de modo estranho
Como se tivessse alguma doença
Mas falar de beber num poema?
É um poeminha despretensioso...
Beber sozinho na mesa não é mal
Em volta toda a hipocrisia social
Eu organizei os meus pensamentos
Entre um gole e uma baforada
Olhei as pessoas em volta
Jogando tanta conversa fora
E eu sempre quis recolher
Toda a conversa possível
Mas qual o que, recolher
Rascunhei mais um poema
Olhei a noite morrendo
Tão aturdida e sufocada
De sons e passos errantes
De gente que vai e vem
De copos e garrafas na mesa
Tim tim tim tim tim tim
Um brinde sei lá ao que...
Não vem mais ninguém?
Está sozinho hoje?
Cadê todo mundo?
Eu sou o alguém
Eu sou todo o mundo
E não estou sozinho
Carrego histórias
E lembranças
Carrego silêncios
De tantas palavras
Que nunca jogo fora...
Fecha a conta, por favor!
Já vai? É assim tão cedo
Já vou assim tão tarde
Como se nunca tivesse
Que ter de vir...
Fecha a conta
Mais uma?
Mais todas se puder
Todas as emoções
Que sempre joguei fora
Em tantas conversas
De jogar conversa fora
Ainda bem que isso é só isso
Um despretensioso poema
Que acaba aqui nessa linha
A última linha que traço
De um último poema ruim
Que mal e mal eu traço
E escrevo aos pedaços
Como os pedaços de mim
Que joguei fora com as conversas
Conversas de se jogar fora...
E é o fim e chega! Nunca mais
Jogar fora tanto assim de mim...
E beber sozinho é muito ridículo
Em todas as mesas ao redor
Todos te olham de modo estranho
Como se tivessse alguma doença
Mas falar de beber num poema?
É um poeminha despretensioso...
Beber sozinho na mesa não é mal
Em volta toda a hipocrisia social
Eu organizei os meus pensamentos
Entre um gole e uma baforada
Olhei as pessoas em volta
Jogando tanta conversa fora
E eu sempre quis recolher
Toda a conversa possível
Mas qual o que, recolher
Rascunhei mais um poema
Olhei a noite morrendo
Tão aturdida e sufocada
De sons e passos errantes
De gente que vai e vem
De copos e garrafas na mesa
Tim tim tim tim tim tim
Um brinde sei lá ao que...
Não vem mais ninguém?
Está sozinho hoje?
Cadê todo mundo?
Eu sou o alguém
Eu sou todo o mundo
E não estou sozinho
Carrego histórias
E lembranças
Carrego silêncios
De tantas palavras
Que nunca jogo fora...
Fecha a conta, por favor!
Já vai? É assim tão cedo
Já vou assim tão tarde
Como se nunca tivesse
Que ter de vir...
Fecha a conta
Mais uma?
Mais todas se puder
Todas as emoções
Que sempre joguei fora
Em tantas conversas
De jogar conversa fora
Ainda bem que isso é só isso
Um despretensioso poema
Que acaba aqui nessa linha
A última linha que traço
De um último poema ruim
Que mal e mal eu traço
E escrevo aos pedaços
Como os pedaços de mim
Que joguei fora com as conversas
Conversas de se jogar fora...
E é o fim e chega! Nunca mais
Jogar fora tanto assim de mim...