DESENTENDIMENTOS
Da palavra nunca entendi patavina
Ela não tem destino, só tem sina
Ela não aprende e nem ensina
Quando estou em cima, ela embaixo
Quando estou embaixo, ela em cima
É quase uma cisma, um simples facho
Uma luz que nunca me ilumina
Antes é treva que me escurece
O que não sei, a palavra desatina
O que percebo, ela simplesmente esquece
O que não sinto, ela apenas insinua
E o que imagino a ela enlouquece
Nunca vem trajada a rigor, vem sempre nua
Tudo o que oculto, nela transparece
Não vem temperada de intenção, vem crua
O que ela não define, ela apenas se parece
No que parece tanto ser minha, ela é sua
No que não é sua é no que ela resplandece
Porque é na escuridão que ela mais atua
E é por entre pedras que ela mais floresce
E eu a tiro do inferno em que ela se situa
Para tê-la à tona que é onde ela padece
Mas de ser mais sua do que minha não carece
No que parece ser mais minha do que sua
Pois se a todos os infernos ela sempre desce
É nesse inferno que quero que ela me possua
Da palavra nunca entendi patavina
Ela não tem destino, só tem sina
Ela não aprende e nem ensina
Quando estou em cima, ela embaixo
Quando estou embaixo, ela em cima
É quase uma cisma, um simples facho
Uma luz que nunca me ilumina
Antes é treva que me escurece
O que não sei, a palavra desatina
O que percebo, ela simplesmente esquece
O que não sinto, ela apenas insinua
E o que imagino a ela enlouquece
Nunca vem trajada a rigor, vem sempre nua
Tudo o que oculto, nela transparece
Não vem temperada de intenção, vem crua
O que ela não define, ela apenas se parece
No que parece tanto ser minha, ela é sua
No que não é sua é no que ela resplandece
Porque é na escuridão que ela mais atua
E é por entre pedras que ela mais floresce
E eu a tiro do inferno em que ela se situa
Para tê-la à tona que é onde ela padece
Mas de ser mais sua do que minha não carece
No que parece ser mais minha do que sua
Pois se a todos os infernos ela sempre desce
É nesse inferno que quero que ela me possua