SUTILEZAS
A palavra tem muitas sutilezas imperceptíveis
Que eu conheço bem, mas como coisas minhas
Tem o corte sutil e fatal, mortal da baioneta
E o poder terrível e perigoso da nitroglicerina
E, para mim, as palavras tem apenas dois lados
O de dentro e o de fora, totalmente inconfundíveis
E absolutamente inconciliáveis...
E só eu estou do lado de dentro de minhas palavras
Eu falo desde os nove meses de idade
Leio desde os seis anos e escrevo desde os oito
Mas escutar as palavras, isso é desde sempre
E, do lado de dentro dessas minhas palavras
Só eu sei o que elas são antes de ir para fora
Resta, então, dizer que vem daqui de dentro
Mesmo estranhas, saíram de minhas entranhas
Não se prestam a interpretações tão ingênuas
Nem a conclusões apressadas, tão precipitadas
E nunca são forjadas para ouvidos distraídos
Não se prendem em mentes ultrapassadas
Não se sujeitam a conceitos pré determinados
E não servem à imaginação despreparada
Não são a ideia da coisa, mas a coisa da ideia
E meu vocabulário é parco, não muito extenso
Mas o golpe da palavra sempre me foi intenso
Num estranho paradoxo: não vivo das palavras
São as palavras que penso que vivem de mim
A palavra tem muitas sutilezas imperceptíveis
Que eu conheço bem, mas como coisas minhas
Tem o corte sutil e fatal, mortal da baioneta
E o poder terrível e perigoso da nitroglicerina
E, para mim, as palavras tem apenas dois lados
O de dentro e o de fora, totalmente inconfundíveis
E absolutamente inconciliáveis...
E só eu estou do lado de dentro de minhas palavras
Eu falo desde os nove meses de idade
Leio desde os seis anos e escrevo desde os oito
Mas escutar as palavras, isso é desde sempre
E, do lado de dentro dessas minhas palavras
Só eu sei o que elas são antes de ir para fora
Resta, então, dizer que vem daqui de dentro
Mesmo estranhas, saíram de minhas entranhas
Não se prestam a interpretações tão ingênuas
Nem a conclusões apressadas, tão precipitadas
E nunca são forjadas para ouvidos distraídos
Não se prendem em mentes ultrapassadas
Não se sujeitam a conceitos pré determinados
E não servem à imaginação despreparada
Não são a ideia da coisa, mas a coisa da ideia
E meu vocabulário é parco, não muito extenso
Mas o golpe da palavra sempre me foi intenso
Num estranho paradoxo: não vivo das palavras
São as palavras que penso que vivem de mim