mangue seco

Já pousei neste deserto

Linfático e cheio de odores,

Bati nesta porta seca,

Que ninguém veio me atender.

Precisei da ajuda de muitos,

Pois estava triste e assolado,

Mesmo sofrendo eu não fui

Nem sequer consolado.

Então me isolei deste mundo,

E fugi para um lugar invisível,

Fiquei ali pensando e refletindo,

No que havia acontecido.

Nada! Não ouvi nenhuma notícia,

Pois pensei comigo... Este mundo é insolente

E egoísta, pois não se preocupa com o próximo,

No entanto, deseja mais e mais

O declínio do seu próprio regaço.

Um mangue seco é o que vejo

Neste prostrado e articulado pudor,

Sendo que, a sua proeza é figurativa,

E esvazia-se diante deste compasso

Desordenado e cheio de dor.

Aquilo que marca esta frieza

Da costela dessa prosa amante,

Preserva o segredo guardado,

Na sua coleção de livros

Empoeirados na estante.

jesse ribeiro felix
Enviado por jesse ribeiro felix em 09/09/2010
Reeditado em 30/10/2010
Código do texto: T2488148
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