Se não te alcançam e nem de leve te tocam mais
Essas palavras que arranco por doerem tanto em mim
Eu fico com a dor absurda de elas nada mais dizerem...
Se de tão distante não vês a chama que se se apaga
Do fogo que outrora consumiu-me o corpo e a alma
Eu fico com o frio intenso que me congela as emoções...
Se a saudade é apenas um labirinto onde te perdes
E não encontra nenum rastro ou sinal do que fomos
Eu fico com a saudade por saber mais andar tão perdido...
Se não te atinge nenhuma melodia que ainda paira no ar
Daquelas tardes de sonho em que nos pusemos a cantar
Eu fico com os sons dos nossos passos vagando no silêncio...
Se este próprio poema jaz inútil e assim tão indecifrável
E não tem mais a força tamanha de te encher de encanto
Eu sacrifico minha poesia no altar sagrado da tristeza...
Se nem mais te comoves com tantos sonhos de outrora
Eu abdico de meus sonhos e da vontade insana de sonhar
E te guardo de meus pesadelos mais medonhos...
Se não te alcanço distraída lá no fundo de tua solidão
Que outrora nada significava compartilhada com a minha
Fico com a minha e a tua solidão em mais essa estrada...
Se não te alcanço no frio absurdo dessa noite silenciosa
E nem te deparas com cada grito meu guardado em cada esquina
Eu contenho todos os gritos no fundo da garganta até sufocar...
Se não é mais o mesmo sol que te ilumina todos os caminhos
Um adorado sol há tanto tempo símbolo fugaz de eternidade
Eu fico com a escuridão de não ter nem a efemeridade da luz...
Se acaso agora não me queres e nem mais me sentes
No que perdemos de uma certa mágica e bela sintonia
Eu me torno ninguém para não te incomodar ainda existir...
E se acaso nem sabes se me amas ou não me amas
E nem o dizes e nem queres dizer e queres que assim seja
Eu te liberto de meus desejos e me perco para que te encontres...
E se ainda te incomodam algumas lembranças mais resistentes
Que por costume ou mera piedade acaso ainda acalentes
Eu me desfaço em mil pedaços e mais se assim quiseres
E espalho os estilhaços todos pelas ruas do esquecimento
Para que não mais os encontres e nem possas juntar todos eles
E que eles se percam como pedaços que são de sofrimento
E se quiseres, e quando der por mim, serei somente sombras
E me dissiparei como fumaça em todos os fogos do esquecimento
(Parque Domingos Luiz, às 22:22)
Essas palavras que arranco por doerem tanto em mim
Eu fico com a dor absurda de elas nada mais dizerem...
Se de tão distante não vês a chama que se se apaga
Do fogo que outrora consumiu-me o corpo e a alma
Eu fico com o frio intenso que me congela as emoções...
Se a saudade é apenas um labirinto onde te perdes
E não encontra nenum rastro ou sinal do que fomos
Eu fico com a saudade por saber mais andar tão perdido...
Se não te atinge nenhuma melodia que ainda paira no ar
Daquelas tardes de sonho em que nos pusemos a cantar
Eu fico com os sons dos nossos passos vagando no silêncio...
Se este próprio poema jaz inútil e assim tão indecifrável
E não tem mais a força tamanha de te encher de encanto
Eu sacrifico minha poesia no altar sagrado da tristeza...
Se nem mais te comoves com tantos sonhos de outrora
Eu abdico de meus sonhos e da vontade insana de sonhar
E te guardo de meus pesadelos mais medonhos...
Se não te alcanço distraída lá no fundo de tua solidão
Que outrora nada significava compartilhada com a minha
Fico com a minha e a tua solidão em mais essa estrada...
Se não te alcanço no frio absurdo dessa noite silenciosa
E nem te deparas com cada grito meu guardado em cada esquina
Eu contenho todos os gritos no fundo da garganta até sufocar...
Se não é mais o mesmo sol que te ilumina todos os caminhos
Um adorado sol há tanto tempo símbolo fugaz de eternidade
Eu fico com a escuridão de não ter nem a efemeridade da luz...
Se acaso agora não me queres e nem mais me sentes
No que perdemos de uma certa mágica e bela sintonia
Eu me torno ninguém para não te incomodar ainda existir...
E se acaso nem sabes se me amas ou não me amas
E nem o dizes e nem queres dizer e queres que assim seja
Eu te liberto de meus desejos e me perco para que te encontres...
E se ainda te incomodam algumas lembranças mais resistentes
Que por costume ou mera piedade acaso ainda acalentes
Eu me desfaço em mil pedaços e mais se assim quiseres
E espalho os estilhaços todos pelas ruas do esquecimento
Para que não mais os encontres e nem possas juntar todos eles
E que eles se percam como pedaços que são de sofrimento
E se quiseres, e quando der por mim, serei somente sombras
E me dissiparei como fumaça em todos os fogos do esquecimento
(Parque Domingos Luiz, às 22:22)