QUERO VIVER
Sou
A semente da vida,
Fecundo a terra.
Abro meus braços ao vento
Esperando guarida,
Mas ninguém me apóia estou esquecida.
A primeira estação não importa qual é se não sou
Robusta continuo de pé. Quando tenho saúde e sou Alimentada enfrentando secas livro-me das queimadas.
P’ra quem sabe algum dia num futuro bem próspero
Eu consiga amigos
Que sejam inócuos.
Ajudo a todos não
Sou tão ingênua,
Pois troco carbono
Por oxigênio.
Estou ao relento
Pedindo socorro
Daí-me a sua mão não
Deixes que morro.
Eu era sidícula
Então me apoiava
Agora sem sustento
Perdi o equilíbrio.
Só oscilação...
A maldita erosão jogou-me no chão.
Por isso amigo te pesso a mão,
Me abrace e me beijes, me tragas de volta
Prefiro viver não quero ser morta.