QUERO VIVER

Sou

A semente da vida,

Fecundo a terra.

Abro meus braços ao vento

Esperando guarida,

Mas ninguém me apóia estou esquecida.

A primeira estação não importa qual é se não sou

Robusta continuo de pé. Quando tenho saúde e sou Alimentada enfrentando secas livro-me das queimadas.

P’ra quem sabe algum dia num futuro bem próspero

Eu consiga amigos

Que sejam inócuos.

Ajudo a todos não

Sou tão ingênua,

Pois troco carbono

Por oxigênio.

Estou ao relento

Pedindo socorro

Daí-me a sua mão não

Deixes que morro.

Eu era sidícula

Então me apoiava

Agora sem sustento

Perdi o equilíbrio.

Só oscilação...

A maldita erosão jogou-me no chão.

Por isso amigo te pesso a mão,

Me abrace e me beijes, me tragas de volta

Prefiro viver não quero ser morta.

Sebastião Bronze
Enviado por Sebastião Bronze em 24/09/2006
Reeditado em 03/12/2006
Código do texto: T248281