COISAS DE SETEMBRO

COISAS DE SETEMBRO

Tecem cinamomos as teias sobre o muro...De cheiros e floradas que,se bem me lembro,são coisas de setembro.

Setembros já distantes em nossas primaveras,alisadas feições,ansiosas esperas,as mãos tecendo meias,sonhos acalentados...Bêrços embalados!

Alegria de ninhos!...Frágeis passarinhos...

E outros cinamomos,teceram novas teias,pulsaram-se as veias...Cresceram passarinhos.

Asas emplumadas,infinito é o limite...

Setembros hoje em recados, aos nossos calmos outonos,sulcadas feições,ansiosas esperas,mãos que já não tecem,corações que não esquecem!

Retornos aos velhos ninhos!...Emplumados passarinhos...

E até que estas asas flanem porta à dentro,olhares embassados,buscando o firmamento.

No peito então floresce com a força de uma prece o desejo de que nada prejudique a revoada.

Um pedido ao criador,como gesto derradeiro,conceder à passarada um céu de brigadeiro.

E a pena mergulhada no tinteiro do tempo registra em linhas de rugas estas coisas de setembro.

Nestas tardes de domingo em céus de abandonos,com teias entretecidas no cheiro dos cinamomos.