Sorvo...

Degluto, o ranço de tua lembrança,

Na qual feneço, e nada mais espero,

Além do amor, do poema com que findo,

O qual a alma ama, logo sofre, não cansa.

E por entre o gosto, a mágoa e o ensejo,

Longos poemas me dou, escrevo,

Querendo somente que se vá, parta!

Se encerre, sem que me haja desejo.

Degluto, lentamente a lembrança,

Do beijo não mais sentido, mas tejo

Insistentemente a volver desgosto,

Até exaurir da alma, jaz, e mansa...

Junior Antonio
Enviado por Junior Antonio em 04/09/2010
Reeditado em 05/09/2010
Código do texto: T2478219