Água
Meticulosamente desvia-te das pedras,
atravessa às montanhas,
encontra degraus na folhas das árvores,
cai, pouco a pouco, pingo a pingo,
e anda devagar, corre, dança,
embalada pelo próprio compasso e harmonia,
vejo através de ti, pela luz do sol,
vejo em tua imensidão negra, o reflexo da lua,
e se mergulho em ti, tu me ninas,
com um balanço sobre as tuas ondas,
e eu deixo-me ninar, limpar, submergir,
nesse abraço que dás a qualquer um que ouse,
apenas se aprofundar em ti.
*Texto nada metafórico, trata-se somente da Água mesmo.