Quem MATOU a Esperança II. continuação...

continuação...

ESPERANÇA II

Lembra de mim?

Chamo-me Esperança

Ainda estou aqui

Por sorte não morri

Só não entendo por quê

Mas ainda está frio

Ainda está escuro

Já faz tempo

Que meus queridos se foram

E observo por uma fissura da vida

Meus algozes felizes

Jubilando em minha casa

Trancafiados

Não permitem que alguém entre

Pensam que estou morta...

Posso ver suas crias medonhas

Se apossarem de minhas coisas

Meus presentes

Meus amores

Tudo é festa

Destruindo

Desolando

Tudo aquilo que papai e mamãe construíram

Desfazendo a harmonia

Devastando a alegria

Não sei,

Mas percebo uma coisa

Já não está tão escuro

Espere!

Acho que é uma luz!

Muito fraca

Mas está vindo...

Não acredito!

Cada vez fica mais forte!

E veja quem vem com ela!

A Felicidade!

De volta pra casa!

Pensei que estava morta como os outros!

Que havia sido perseguida e morta pela inveja

Mas acho que foi pedir ajuda!

Que brilho ofuscante!

Nunca vi igual!

Posso ver que o “Homem” não resiste a sua força

E permite que a porta de minha casa

E de seu coração

Se abra...

A luz entra!

Com enorme fulgor

Ofusca a visão até dos mais perversos

Posso vê-los a lamentar!

Não acredito!

Mas a Felicidade sempre a acompanha!

Ela segue em direção ao Amor

Moribundo

Como os demais

Que com um único toque se levanta

Põe-se de pé...

Todos tentam resistir

Utilizando a arma da escuridão

O ópio da covardia!

Sem de nada adiantar

Posso ver meu mais valoroso irmão se erguer

E tomar o Ódio em suas poderosas mãos

Que mesmo em ferrenha oposição

É erguido pelo pescoço até ao alto

E sucumbe ao potente golpe do perdão

Desferido por meu amoroso irmão

Menos um...

Papai novamente ressurge

Envolvido pela presença da vida

E vai a direção de mamãe

Para trazê-la outra vez

Outra forma de desprezo tenta impedi-lo!

A dúvida

Uma das melhores amigas da Derrota

Atroz,

Furiosa,

Ferozmente agarra papai

Mas a Fé minha irmã do meio

Dessa vez o socorre

Pois a luz que a Felicidade acompanha

A fez viver

E destrói a perversa bandida.

Todos juntos

Mais uma vez em batalha

Todos pra me proteger outra vez

Que bom!

Um a um

Nossos inimigos tombam

Diante da presença da luz

Esmagados pelas mãos de meu irmão maior, o Amor,

Agora muito mais forte

A Fé parece que cresceu mais

Posso olhar aqui de baixo

Facilmente superar as armadilhas deixadas pelo Orgulho

E a Incredulidade.

E vencer a peleja...

Depois de impor a derrota ao inimigo

Posso ver meus irmãos de mãos dadas

Junto de papai

Guiados pela luz

Prosseguirem ao encontro de mamãe

Que se reergue ao chamado de papai

Todos se abraçam

Todos choram de alegria

Mas parece que esqueceram-se de mim...

O que é isso?

A luz continua aumentando

Acho vêm em minha direção!

Oh!

Posso reconhecê-la

De outros tempos

Do começo de tudo!

Vieram me libertar!

Todos juntos com poder

Destroem a parede da separação

Estou livre!

Meu irmão mais formoso e fiel

Toma-me nos braços outra vez

Entrega-me a mamãe

Que me abraça

Como estou feliz

Quase morri

Agora posso viver!

A Felicidade esta mais feliz

O Amor esta muito mais forte

E a Fé é tão enorme que mal cabe em nossa casa!

Papai e mamãe mal se contêm de tanta alegria!

Pois a luz

Que trouxe a Felicidade de volta agora vai morar conosco!

Trancou a porta por dentro

Disse que não precisaríamos mais nos preocupar

Por que o homem não tem mais domínio sobre a entrada

Viveremos

Por todo sempre...

E a luz?

Tu não conheces?

Eu te digo sem temor

Com ela a Felicidade voltou,

E o Amor ressuscitou,

Essa luz,

É Jesus,

O Criador.

Eduardo franco Vilar