O que não é

Quando o sol bateu em ti,

cegou-me,

ficou-me um clarão,

um aperto no coração,

que não sei se é

de triste ou alegre,

porque por mais que negue,

invejo a luz em teu rosto.

Quando a lua te iluminou,

na clareza

que sempre vem dela,

eu cá, acendi minha vela

e das rezas que sei,

de joelhos, rezei.

Sei lá, o que vem agora,

do medo de te sentir;

que sem ter você, é hora

de mesmo sem chegar, partir.