Tudo que quis...
Pedi palavras,
Verbos.
Só silêncio obtive.
Roguei cantos,
Quis o declamar.
Somente ouvi o calar.
Nenhum ruidoso declarar,
Nenhum som,
Oco lamentar.
Falam por mim e por ti o nosso dedilhar,
O gesto e o dizer no compor,
A palavra que grava, e finca no papel a dor.
A letra que grafa,
Ingrata, que fere,
Meus olhos relutantes, obstando,
Querem cegar para o Adeus.
"POE" de30/08/10, mote: falando com os dedos.