Transcender o "alguém"
Riem quando transcendo o estado cataléptico...
Cospem quando abuso das regras monocromáticas...
Até onde resistirão as ameaças da liberdade?
Retidas em verdades enigmáticas,
Pobres almas insensíveis e tapadas
Contorcem-se nos corredores da moral...
Alguém disse que existe o mal?
“Adeus!...” foi o último golpe.
A justaposta fatalidade contraposta
À contundente obrigação de sorrir...
Alguém lhe disse o que já foi um dia?
Um córrego de lágrimas ácidas...
Entretenimento às paredes pseudodemocráticas
Que teimam em sustentar os corredores da moral...
Ah! De que adianta gritar?
A fuga tão logo chegará ao seu ponto de partida,
Num paradoxo cíclico, veremos um a um...
Frente a frente despojando como sulcos negros
Na puritana sociedade...
Alguém já disse o nome do teu algoz?
(2003)