Sob o Braseiro da Luxúria

Trouxe o bragal asseado e turvo

Ao norte inquisitório da alma

Sob as lenhas do lençol molhado

Paixão singra no arfar bendito.

Notas rompem sinapses

Cordas e metais ciciando

Córtex amainado no lóbulo

Vida a preencher meandros.

Cava a emoção, aborda

Escotilha escancarada

Lume presente no limoso ventre

Odisséia carnal invulnerável.

Sopro ao céu, sete cores manchadas

Pérolas de gelatina ingerem o ar interno

Inseminam minuciosos sentimentos

Pelos cravejados pensamentos da libido.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 22/09/2006
Reeditado em 22/09/2006
Código do texto: T246740
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