AH, AMOR!

Maria de Fatima Delfina de Moraes

Ah, amor!

Lágrimas que não caíram, também tem gosto de sal.

Como chorar o amor que não se teve?

Amor encanto, magia...

Seriam sonhos construídos sobre promessas?

Ah, amor! A ti, nada prometi.

Apenas doei-me, numa coleção de momentos mágicos,

até num simples bom dia,

e o fiz um pouco a cada dia.

Fomos magia?

Ainda seremos, no coração, na alma.

A distancia entretanto, entre querer e amar,

é como terreno desértico, extenso, arenoso...

Instável como dunas,

que mudam de lugar sem pedir licença...

Ah, amor!

Por mais que uma verdade doa, melhor seja proferida.

Talvez seja ela, o mais precioso bem da vida...

É assim que conhecemos quem sou eu, quem tu és...

Degustamos o amor em taça fina de cristal,

bebendo este melhor dos vinhos - sabor sem igual.

Se o amor bater à sua porta, atenda-o, receba-o...

Ah, amor!

Na vida há pessoas tão intensas, quanto raras.

Pessoas que não aceitam o pouco ou metade.

Não, amor! Não é pura vaidade.

Se essa pessoa fosse eu, não seria melhor

ou pior que a outra que passa na estrada de sua vida.

Não, amor!

Seria alguém que ama muito a si mesma,

para melhor poder amar o outro.

Ah, amor!

Não, isso ainda não é adeus.

Ainda quero olhar no fundo dos teus olhos

e descobrir se o teu amor, um dia,

poderá vir a ser plenamente meu.

O amor e o lirismo caminham juntos, mesmo na dor.

copyright 2010

Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 29/08/2010
Reeditado em 10/08/2011
Código do texto: T2467218
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