Brincando com as palavras
Brincando com as palavras
Foi brincando com as palavras, que fingi ser poesia.
Mulher, menina ou matreira, longe de mim ser freira.
Sou mesmo é apaixonada pela vitrine encantada.
Sapatos, bolsas e roupas, sempre penso ter poucas.
Guarda-roupa abarrotado, com vestido amarrotado.
Mas a cada estação, preciso muito de inovação.
De freira não tenho nada, nem hábito, nem sou comportada.
Muito pelo contrário, gosto mesmo de beijar.
Se namoro, me apaixono, dou a ele logo um trono.
Mas no fundo tenho um segredo, que secreto já não é.
Além de amar a poesia, amo mesmo ao José...
José é nome fictício que dei ao meu amor de risco.
Aquele que me acompanha, desde os meus tempos de manha.
José é amor menino, com ele quero ficar.
Na velhice tomo conta, sempre que ele chamar.