Nos galopes de centauro
E de tanto uso das palavras nas flechas incessantes ao seu arco, é na falta de munição que escondem-se os segredos de suas armas, ou armaduras. Pois não atira seus ditos com astúcia dissimulada, mas apenas na intenção de difundir os seus sentidos, avesso ao que é oculto. - Não exclui-se riscos a ferimentos, toda seta tem seu poder agudo.
Buscando encontrar-se na direção de suas lanças, é suprimindo seus recursos na pausa dos silêncios, que está entre sua fragilidade e força, unidas e opostas como sua própria essência humana e animal.
Ao seguir o norte de seus instintos, aceitam-se os riscos - mas não há jogos ilusórios na sua capa transparente, logo, na confiança ao peito aberto e pés descalços, as máscaras inventivas serão o talho que lhe fere.
Quem a conhece percebe suas dores, mas não as verá propagada em melodramas, prefere os sorrisos como cura, posto que aos raios soltos em ira, resultam estragos aos que recebem e ao que propaga.
Conserva ainda no fogo interno, a fé constante do amanhã.
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