O poema singelo é puro diadema

O poema real dispensa a imagem visual

Com o louvor do autor de uma arte à parte

Usando-se as mãos e a força do pincelar mental

E ao esculpir a pedra refratária diz-se: força da arte.

Ao leitor que é o autor de intrinseca flor;

Com o poder de criar as demais artes ao som

De imagem quebrando pedra ao solfejo musical

De inspirada valsa, traz ao poema o dócil do sal

E o dulcíssimo lazer do eterno prazer do bom

Sentimento traduzido pelo amor no olhar.

Ao marejar do tempo sem tempo de enxugar

Vai querendo entender o que não é formado

Para se ver com o olhar dos sentidos, ouvidos

E paladar. É a visão a tatear um amor singular

Só para deixar o poema no seu devido lugar.

Deus deu dons aos homens.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 28/08/2010
Código do texto: T2465497
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