Um brinde na pele!

Foi assim!

Pelo avesso da superfície, gradativamente, no balanço cíclico dos dias e das noites...

A alquimia se revelava:

Retirou-lhe toda a pele sentindo o cheiro e a textura da sua alma.

Vestiu-a...

Acolhendo o pulsar da segunda cobertura, agora também dele.

O encanto a sorrir para a paixão e de braços abertos, transcendendo , revelando...

Respirando noutra cadência,

ele devolveu vossa vestimenta dérmica... com gratidão

Colando-lhe pelo avesso a pele na carne.

Em delírio, a dona da pele já não era a mesma!

E com os universos interpenetrados na pulsação do instante, nenhum deles se percebia como outrora...

Pois, os átomos, num rearranjo fractal, transmutavam para o estágio quântico, elevados pelas camadas em uma dança frenética...

E das núpcias do avesso, nada sobrou para o brinde das vestimentas!

Seilla Carvalho
Enviado por Seilla Carvalho em 28/08/2010
Reeditado em 01/09/2023
Código do texto: T2463777
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