A AMAZONA EM MIM
Eu sou tudo aquilo a que sobrevivi...
Me dei conta que me dou bem com as adversidades, contra-tempos, jogos de azar.
É meu primo-irmão o inesperado, a transformação, os trânsitos, as ruas sem saída...
Me dou conta de todas as vezes que caí do cavalo, tive que levantar sozinha, sem amazona ou cavaleiro pra me guiar na subida, nas encostas, nas relvas do que me anima.
Cada vez mais sou amiga dos obstáculos, brinco com eles de tiro ao alvo, lanço dardos em problemas que um dia serão solucionados...
Meu lombo é sem sela, o sangue da minha vida não é embebido em pudins, que meu doce é um pouco amargo, mas é de um sabor vivente.
De todos os galopes da vida, espero o trote da sua superviva sobre mim!