cem anos de solidão - jade
Cem anos de solidão - jade
Minhas lembranças de tempos tão longínquos
Parecem sonhos calmos, sombrios e felizes
O sol nem é importante qdo estamos contentes
É possível viver sem o sol da poesia
Quando nos sentimos aquecidos por dentro
Minhas lembranças de tempos tão singelos
De ventos fortes, frios e silêncios e olhares
Apaixonados
Ventos que interferiram na direção
Das correntes marítimas vistas em segredos ...
Segredos dos amantes ... Para nunca mais ...
Serem revelados
Todas as paredes amarelas se moviam
Hipnotizadas pelo calor de cada amante
A troca ... O vento ... O mar ... A vida
Que passa e muda tudo do lugar
Bagunça um coração, mas no outro
Nem toca ... Não expande, não contrai
Não esquece nem desaquece .. Só recorda,
Quando a rotação da Terra pára com
Um lamento veemente.
Oh .. as lembranças de tempos tão distantes
Hj apertam o lado esquerdo do peito.
Forçam delicadamente o presente .. Meio que dizendo:
E aí? E eu sem saber o q responder ...
Poderia sim cobrir com outras cores o hoje
Visitar outras freguesias
Me embriagar com outras paisagens
Outros afazeres
Ficar alheada tv por cem anos de solidão...
Mas hj sei ... aquelas lembranças voltariam
Doces ... calmas se acomodariam novamente
Na minha alma, estampariam a minha retina
Os segredos dos amantes a passearem
Entre as paredes amarelas
Embebidas de maresia, vento, liberdade e
Tanta vontade de abraçar a emoção contida ali,
Que nunca mais voltou ...