MENTE AVELUDADA

Olhando este céu cinzento,

Orvalhado pelas chuvas,

Minha visão fica turva,

Minha mente aveludada,

Ouvindo a passarada,

Cantando em harmonia,

Lembro da vida vadia,

Da minha infância passada,

Com meus colegas de escola,

Destreza haviam de sobra,

Para brincadeiras mil,

Hoje me sinto confusa,

Minha mente obscura,

Só pensa em trabalhar,

Rogo a Deus que as crianças,

Gozem também suas infâncias,

Para depois se preocuparem,

Com esta rotina corrida,

Que nos abre mais feridas,

Do que é capaz de fechar.