Despojado de alma
tenho um espírito que peregrina incansavelmente pelas estradas.
Sou um anjo negro da morte, dessa forma sempre me vejo.
A foice escapa-me aos olhos áridos. Secos, enxergam somente
a sombra e bebem da escuridão. Toda minha essência
prende-se a pesadas correntes, onde penduram-se
milhares de almas agonizantes em grilhões de ferro.
A minha existência, inexiste.
Sou o super homem que superou a náusea.
Não tenho ambições semelhantes a meus contemporâneos
e nem àqueles que me precederam. Por isso, executo humanos.
Extermino todos os quais julgo indignos de viver.
Julgo-os pelo tribunal de minha consciência
sentado sobre trono infernal, onde demônios berram
incessantemente em meus ouvidos.
Buscam influenciar-me... Mas, não!
Não sou um assassino, apenas um matador de humanos.
Não mato por riquezas, somente por ofício.
Diuturnamente os extermino, é o ácido dever designado
de purificar a humanidade, o qual devo cumprir sem questionar.
Assim, os vejo berrarem inutilmente,
entupindo o universo com seus temores.
Eis aí minha missão, retirar estas vidas não merecidas.
Embora a psique me recrimine, eu persisto.
Minha cruzada é racional e transcende desejo ou vontade,
não ajo de modo irascível tampouco por instinto,
tenho plena ciência de minha missão.
Desconheço palavras como remorso ou compaixão...
Ultrapasso humanidades.
Saio constantemente para lida com
gosto amargo na boca, e um frio perene na espinha.
O labor é vivo em meu coração, o temor sucumbido.
Carrego minhas armas próximas as artérias
e as sinto pulsar como se fosse meu próprio sangue,
pelas mandingas que utilizo torno-me invisível
e sempre chego de soslaio, executando meu trabalho
pelas costas das vítimas. Sou rápido como um raio!
Ao final deito-me em minha cama e deliro
em meus paraísos dantescos.
Assim vivo a milhares de anos
sempre fazendo a mesma coisa.
Não deito com mulheres nem jamais me embriago,
nenhum prazer mundano desvia-me do dever.
Estou à origens de toda e qualquer angústia,
sobrevivendo sem crença ou temor.
Aliás, não raro ouço dizer
que meu carma será extremamente pesado.
Duvido, eu sou o próprio carma!
Sedado como uma fera e amarrado eternamente
a uma cama de hospício.
tenho um espírito que peregrina incansavelmente pelas estradas.
Sou um anjo negro da morte, dessa forma sempre me vejo.
A foice escapa-me aos olhos áridos. Secos, enxergam somente
a sombra e bebem da escuridão. Toda minha essência
prende-se a pesadas correntes, onde penduram-se
milhares de almas agonizantes em grilhões de ferro.
A minha existência, inexiste.
Sou o super homem que superou a náusea.
Não tenho ambições semelhantes a meus contemporâneos
e nem àqueles que me precederam. Por isso, executo humanos.
Extermino todos os quais julgo indignos de viver.
Julgo-os pelo tribunal de minha consciência
sentado sobre trono infernal, onde demônios berram
incessantemente em meus ouvidos.
Buscam influenciar-me... Mas, não!
Não sou um assassino, apenas um matador de humanos.
Não mato por riquezas, somente por ofício.
Diuturnamente os extermino, é o ácido dever designado
de purificar a humanidade, o qual devo cumprir sem questionar.
Assim, os vejo berrarem inutilmente,
entupindo o universo com seus temores.
Eis aí minha missão, retirar estas vidas não merecidas.
Embora a psique me recrimine, eu persisto.
Minha cruzada é racional e transcende desejo ou vontade,
não ajo de modo irascível tampouco por instinto,
tenho plena ciência de minha missão.
Desconheço palavras como remorso ou compaixão...
Ultrapasso humanidades.
Saio constantemente para lida com
gosto amargo na boca, e um frio perene na espinha.
O labor é vivo em meu coração, o temor sucumbido.
Carrego minhas armas próximas as artérias
e as sinto pulsar como se fosse meu próprio sangue,
pelas mandingas que utilizo torno-me invisível
e sempre chego de soslaio, executando meu trabalho
pelas costas das vítimas. Sou rápido como um raio!
Ao final deito-me em minha cama e deliro
em meus paraísos dantescos.
Assim vivo a milhares de anos
sempre fazendo a mesma coisa.
Não deito com mulheres nem jamais me embriago,
nenhum prazer mundano desvia-me do dever.
Estou à origens de toda e qualquer angústia,
sobrevivendo sem crença ou temor.
Aliás, não raro ouço dizer
que meu carma será extremamente pesado.
Duvido, eu sou o próprio carma!
Sedado como uma fera e amarrado eternamente
a uma cama de hospício.