Porque! Solidão...
Aqui onde o mar é erva e vinha
tudo é tão breve e prolongado
nesta sussurrante encosta
quietude de sopro de vida
tão breve a solidão passa indiferente
aos fluxos da respiração...
Afago teu rosto no ardor do vento frio
ritual gestos vacilante das folhas secas
em breve ignoro meu choro de criança
procuro o hálito de uma "Orquidea"
Sigo a luz derramada sobre o tautear antigo
e uma longínqua lágrima rola cálida
pelos veios da gestação das feridas
jorra canção adormecida no lábios
cerzidos de solidão...
Doi o impossível desflorar
esta adesão líquida
torrentes de lava terra pó
onde meu corpo fustigado
de guerreira amadurecido
em cascos de memória unbilical.
A mais funda e difusa voz
secreta chega ao meu berço de menina
no amaciar feliz cântico
transparente da voz materna
prolonga a vida de multicolores melodias
numa canção de embalar...