Porque! Solidão...

Aqui onde o mar é erva e vinha

tudo é tão breve e prolongado

nesta sussurrante encosta

quietude de sopro de vida

tão breve a solidão passa indiferente

aos fluxos da respiração...

Afago teu rosto no ardor do vento frio

ritual gestos vacilante das folhas secas

em breve ignoro meu choro de criança

procuro o hálito de uma "Orquidea"

Sigo a luz derramada sobre o tautear antigo

e uma longínqua lágrima rola cálida

pelos veios da gestação das feridas

jorra canção adormecida no lábios

cerzidos de solidão...

Doi o impossível desflorar

esta adesão líquida

torrentes de lava terra pó

onde meu corpo fustigado

de guerreira amadurecido

em cascos de memória unbilical.

A mais funda e difusa voz

secreta chega ao meu berço de menina

no amaciar feliz cântico

transparente da voz materna

prolonga a vida de multicolores melodias

numa canção de embalar...

Nay
Enviado por Nay em 13/08/2010
Código do texto: T2435270