Clorofilando
Há uma canção que encanta a Terra, nela, mira-se o vento e por inteiro todo o tempo. Permeia a paciência do Criador e transpassa com amor todo ato de criação.
É a canção da esperança. Parem a matança.
É em vão, todos dirão, o verde que nasce do marrom vai secando. A natureza destila o pranto, e de pronto, não há mais campo para nenhum canto.
Se o homem alcança as suas metas, ignora que não será sempre em linha reta. A natureza nasce viva para que vivamos de suas partes, às vezes em aliança, noutras a loucura avança.
Pedir que salve o leão, esconder a extinção, mostrar a destruição...Um mar de desolação. Não é decente da parte do inteligente comparar os tempos, posto, que nenhum invento supera a consciência. Esta é eletiva e coletiva.
Algo se avizinha, mas não se aninha em nosso futuro. É a consumação do desleixo um grande furo.
A planta não mais tem vestes. O homem criou um verde que não brota do solo, após tantos testes veste a planta com mentiras enganando a clorofila.
Este homem andará em vão, sem chão.
Porque natureza é criação e não destruição.
Se não mais brotará a planta, no entanto, nem viverá o filho que o encanta.
Sem a água nem o sol brilhará, para onde andará, a floresta imorredoura? Será a frieza asilada em cada coração.
Vegetarianos? Pois sim!
Não comem carne, ovos ou leite. Mas é com deleite que trocam de calçado e, em bom estado, dos mais legítimos couros. Devem ser louros, ou será só enfeite?
Perfumes maravilhosos e famosos... Mas o que vai na pele não é só o olor de um Dior, mas a vida de algum animal, que sentiu dor.
Se o homem convivesse com a natureza, não haveria interesse em vilanias, porque de todas as crias, ele, com toda sua destreza, sucumbe até sem ventanias.
É consoante, é um nada, já é mutante.