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Agosto
Ah, esse gosto de agosto em minha boca...
Esse travo entre frutos e flores a ensaiar um traço de adeus.
O frio que sibila, a neve que ameaça,
O vento que passa zunindo nos ouvidos.
O anjo feio que no palco representa
Um pouco de dor, um tanto de ópio.
Há, nessa máscara de cera, o falso verniz,
O mel da abelha que me escapa por um triz.
A morte,
Que é péssima atriz,
A reinterpretar tantas vidas...
E nesse desgosto, desgosto de mim, mas não gosto dela.
Em frente ao ataúde, os meus verdes anos,
A fita carmim e a vontade louca de ser primavera!
Agosto
Ah, esse gosto de agosto em minha boca...
Esse travo entre frutos e flores a ensaiar um traço de adeus.
O frio que sibila, a neve que ameaça,
O vento que passa zunindo nos ouvidos.
O anjo feio que no palco representa
Um pouco de dor, um tanto de ópio.
Há, nessa máscara de cera, o falso verniz,
O mel da abelha que me escapa por um triz.
A morte,
Que é péssima atriz,
A reinterpretar tantas vidas...
E nesse desgosto, desgosto de mim, mas não gosto dela.
Em frente ao ataúde, os meus verdes anos,
A fita carmim e a vontade louca de ser primavera!