A ESPERA DA CHUVA
Vimos o sol nascer, na manha de agosto
Farfalhava o arvoredo, o bem te vi cantava triste
E a folha do ipê amarelo caia-se para enfeitar nosso caminho.
Vimos o gato acordar preguiçosamente em cima do telhado
Sem vontade de atacar o beija-flor
Vimos mo sol subir a colina, na manhã insatisfeita
Subia com seus raios amarelos
Lentamente, como se o dia terminasse ali.
Um céu sem nuvem, embora cinzento
Carregado de fuligem do canavial
Levantou vôo num redemoinho
O menino da esquina correu
Gritando ai tem saci!
De repente o céu se fechou em copas
O vento veio mais veloz
Alvoroçando a sombra das árvores
Mas a chuva não veio.
O que veio foi uma ventania carregada de frio.
E o sol desapareceu por completo