UM PASSEIO COM FLORBELA ESPANCA
Acalentava o sonho de um dia
De braços dados com Florbela
Vagar lentamente pelas ruas
Desfrutando os primeiros raios de sol
Em um banquinho sentaríamos
A admirar o Rio Tejo.
Na frente do rio, ficaríamos
Ouvindo o diálogo apaixonado
Dos grãos de areia com a corrente
E, admiraríamos a eterna troca
De carícias que eles ardorosamente praticam.
Você (Flor) me contaria coisas interessantes
Sobre o seu Aalentejo!
Das ruas tranqüilas
Dos casarios e sobrados antigos.
Eu falaria de jacobina,
Da escadaria da Igreja da Conceição
Do rio formado de pedrinhas
De águas douradas, da minha infância
E... juntas sentiríamos saudades
Do Rio Tejo e Rio do Ouro.
Então, quando o solcomeçasse a esquentar
Lecantaríamos sentindo na pele
O desalinho dos cabelos
O efeito da brisa matutina.
E... depois
Lentamente, faríamos de volta
O caminho que nunca
Percorremos!
MYRAMAR ROCHA - Jacobina, 07/08/2010.