Pobre poeira cósmica da misericórdia universal.

Eu, poeira cósmica insulada nos confins.

Parei a pensar, após tantos dias de vida

Olhando para o ar, vislumbrei o infinito.

Do nada suspirei como se fora um grito

Solto desprendendo nostálgica partida.

E o que será de mim ao chegar ao fim?

E o meu Deus; o sobrenatural a singrar

Os mares universais e de tudo a cuidar.

Quanto amor a dispensar aos homens

Errantes como sou eu, velhos e jovens

Procurando entender sem se entediar,

E o tempo vai grassando todo o plano.

O homem vai-se iludindo de ano a ano

Como se nada do nada fosse se acabar.

E de tanto pensar; cheguei à conclusão do dom sentimental:

Pois, se tenho o meu irmão para amar me apartando do mal

Sou o ser mais feliz; sem importar com o mero detalhe fatal.

Dentro do amor cabem todos os universos.

jbcampos
Enviado por jbcampos em 05/08/2010
Código do texto: T2420954
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